Semana passada, recebemos esse lindo projeto para o dia da mulher. Não consegui postar semana passada, mas o projeto é atemporal na sua importância – me lembrou a importância de olhar para trás e agradecer a todas as mulheres que lutaram por nós, mas sem perder de vista o futuro que buscamos e pelo qual lutamos para as mulheres que estão por vir.
O projeto, chamado “Mulheres Cabulosas da História”, foi realizado por um grupo de mulheres do movimento Levante Popular da Juventude e nasceu da necessidade de dar visibilidade a mulheres apagadas das nossas memórias. Trata-se de uma releitura fotográfica de personalidades femininas da história mundial. Segundo as próprias criadoras, essas mulheres são escritoras, artistas, militantes de causas populares e principalmente defensoras de uma nova sociedade.
UMA FONTE DE INSPIRAÇÃO
Cada foto acompanha uma pequena biografia da personalidade fotografada, junto a referências para estudos. A intenção é fazer com que mais pessoas conheçam as batalhas e vitórias dessas mulheres.
“O projeto teve a intenção de resgatar os nomes das principais mulheres que contribuíram com transformações em seu tempo e fazer com que as mulheres de hoje se inspirem e sintam encorajadas a provocarem novas transformações na sociedade atual. O processo foi empoderador para todas nós!”, diz a fotógrafa Isis Medeiros.
Confira algumas fotos aqui embaixo ou o projeto completo aqui.
Lakshmi Sehgal estudou medicina e tornou-se capitã de um regimento do Exército Nacional Indiano, como médica. Acolhia os refugiados e os setores mais marginalizados da sociedade, tornou-se membro do Partido Comunista da Índia (Marxista) e da All India Democrática Associação de Mulheres (AIDWA). Atuava em campanhas por justiça política, economica e social.
Mas, na verdade, essa é a Priscila Araújo, que luta pela revolução brasileira.
Vilma Espim foi a segunda mulher a se formar engenheira química em Cuba. Era do movimento estudantil e foi uma das líderes da tomada de poder pelo socialismo, em 1960. Fundou a Federação de Mulheres Cubanas, que oferecia formação para mulheres, inclusive política, o que fez com que Cuba fosse o segundo país no mundo com maior representação de mulheres em cargos eletivos.
Mas, na verdade, essa é Nathália Ferreira, que luta por uma América Latina livre de injustiça e discriminação.
Constance Markievicz se uniu ao movimento sufragista pelo voto das mulheres na Inglaterra, em 1897, participou da União Nacional das Sociedades de Mulheres Sufragistas e passou a atuar na Irlanda. Ela foi ativa na política nacionalista irlandesa, se juntou ao grupo de mulheres “Filhas da Irlanda” (Inghinidhe na hÉireann) e ao partido Sinn Féin pela independência da nação irlandesa.
Mas, essa mulher da foto, é a Cecília Queiroga, estudante de Ciências Sociais que luta para que as mulheres tenham acesso aos seus direitos plenos e que seus potenciais sejam reconhecidos socialmente.
Luiza Mahim foi trazida como escrava ao Brasil, era quituteira e foi uma das lideranças na Revolta dos Malês (1835). Caso os malês tivessem sido vitoriosos, Luísa seria reconhecida como Rainha da Bahia.
Na verdade, essa é Ana Carolina Vasconcelos, estudante que luta pela liberdade e reconhecimento das mulheres e por um feminismo cada vez mais representativo.